11 de jul. de 2011

-Não devia doer tanto assim.
-Morda o lençol, ou beba formol. Escolha o mais conveniente.

N&F

Meia


A boca salivante,
O tempo adiante,
E o estômago treme.

Todos no sono,
Seria meu o sonho?
De abocanhar chocolate.

Caminho à cozinha,
Tudo as mãos varrem,
Para ficarem sozinhas.

Abro o compartimento
Mais frio do apartamento,
Encontro massa branca.

Frigideira, colher, despejo.
Do relógio era o ensejo.
A fome batia nos ponteiros.

Acendo o fogo e arrisco.
Então formo três discos,
Um sendo de imperfeição.

Uma pincelada de manteiga,
Mas que Tapiocas leigas!
Mais uma, sim?

Degustar, deglutir,
Está na hora de ir...
De meia noite já passa!
Hora da fumaça.

Tapiocas à meia noite!

Nikku


8 de jul. de 2011

"-Seus rostos... sob a pele.
-A pele?
-Entre este mundo e o próximo... seus dentes e suas garras saem, tentando invadir...
-Você tomou alguma droga no táxi?
-O quê?
-Como um comprimido ou algo...
-Um comprimido com o seu rosto nele. Aqui... (no seu peito) o buraco que se encaixa com o meu. No momento que te vi... eu soube que era o mais perto que teria em estar... perto. Eu não sabia o que fazer com aquele sentimento. Felicidade. (...) Você me enfraqueceu. "

4 de jul. de 2011

Esqueça!

Sua voz se esganiça como uma águia rasgada,
Seus olhos perderam o brilho como um espelho arranhado.
As lágrimas lavam o rosto que um dia tão imaculado foi.
Só esperava eu que tais lágrimas lavassem também o sentimento,
A Depressão de ter o delírio de perder alguém.
A garganta é arranhada pelos gritos nunca dados, tão inúteis...
Tão inaudíveis.

E agora só peço que... esqueça...
Seria demasiada tortura?

Entenda... e esqueça.

Nikku