T.E.
31 de dez. de 2011
17 de nov. de 2011
Burro
"Meu coração está partido
mas eu tenho um pouco de cola
Ajude-me a inalar
e remendá-lo com você.
Flutuaremos por aí
E ficaremos pelas nuvens
Depois desceremos
E teremos uma ressaca"
K.C.
12 de nov. de 2011
Real
As sombras se escondem na escuridão
Porém a rutilância se revela
Esmaecendo tudo que a contraria
As figuras, então, lutam
E mais uma vez o escuro paira.
O calor sentido...
Nunca mais é recuperado.
Nikku
26 de set. de 2011
Hélio
O sol é repetido. Ele se repete todo dia... é sempre a mesma coisa. É como se fosse uma figurinha de colecionar... quando você compra e vem repetido. Então é frustrante ter que ver essa figura repetida que nada no céu. E ainda é diferente, porque as figurinhas eu posso comprar, mas o sol não... o sol não...
Nikku
6 de set. de 2011
Véspera
1 de set. de 2011
27 de ago. de 2011
17 de ago. de 2011
Regressão
-Gosta de tarô, Mr. Agnóstico?
-Encanta-me o estudo. Desestimula-me ao acreditar que são mentiras empilhadas.
-Tiro tarô há um tempo...
-Sabe aquela coisa de "Tiro o papel do biscoito da sorte chinês por ser divertido" ?
-Haha. Sei...
---
11 de jul. de 2011
Meia
A boca salivante,
O tempo adiante,
E o estômago treme.
Todos no sono,
Seria meu o sonho?
De abocanhar chocolate.
Caminho à cozinha,
Tudo as mãos varrem,
Para ficarem sozinhas.
Abro o compartimento
Mais frio do apartamento,
Encontro massa branca.
Frigideira, colher, despejo.
Do relógio era o ensejo.
A fome batia nos ponteiros.
Acendo o fogo e arrisco.
Então formo três discos,
Um sendo de imperfeição.
Uma pincelada de manteiga,
Mas que Tapiocas leigas!
Mais uma, sim?
Degustar, deglutir,
Está na hora de ir...
De meia noite já passa!
Hora da fumaça.
Tapiocas à meia noite!
Nikku
8 de jul. de 2011
"-Seus rostos... sob a pele.
-A pele?
-Entre este mundo e o próximo... seus dentes e suas garras saem, tentando invadir...
-Você tomou alguma droga no táxi?
-O quê?
-Como um comprimido ou algo...
-Um comprimido com o seu rosto nele. Aqui... (no seu peito) o buraco que se encaixa com o meu. No momento que te vi... eu soube que era o mais perto que teria em estar... perto. Eu não sabia o que fazer com aquele sentimento. Felicidade. (...) Você me enfraqueceu. "
4 de jul. de 2011
Esqueça!
Sua voz se esganiça como uma águia rasgada,
Seus olhos perderam o brilho como um espelho arranhado.
As lágrimas lavam o rosto que um dia tão imaculado foi.
Só esperava eu que tais lágrimas lavassem também o sentimento,
A Depressão de ter o delírio de perder alguém.
A garganta é arranhada pelos gritos nunca dados, tão inúteis...
Tão inaudíveis.
E agora só peço que... esqueça...
Seria demasiada tortura?
Entenda... e esqueça.
Nikku
27 de jun. de 2011
Não consigo pensar...
Em nada por enquanto. Não sei se já se sentiu assim...
Quando só o seu corpo está presente e vira algo mecânico...
Sua mente está querendo apertar o botão de desligar
E seus olhos pesam mas ainda conseguem ficar abertos...
"Prepare-se para evacuar alma em... dez... nove... oito (...)"
Nikku
14 de jun. de 2011
Passagem
A vida iniciou-se há poucos meses... 16. Adeus, agora, ao rastejado e saudações ao engatinhado... Estou grato, dezesseis. Grato pelo amadurecimento, seja bom ou ruim. Não que o deixe agora!
Agradeço por tudo o que é, foi e não será.
Adeus para os dezesseis. Aproveitarei os últimos momentos,
Agradeço por tudo o que é, foi e não será.
Adeus para os dezesseis. Aproveitarei os últimos momentos,
E direi, então, Olá para 17.
Nikku
7 de jun. de 2011
Nada
Dedos tremem, vem a insônia.
O que há de errado comigo?
Carne morta, feridas na perna,
Roupas molhadas, infectadas.
Comem uns aos outros,
Dividem serotonina.
Comprimidos: azul, amarelo,
Ladeados da alma gatuna.
Fogo intenso do existir,
Dor. A prova da vida.
Dá-me um pouco de ar,
Pois aqui está destilado.
Não acaba o pulso...
Pressão forte. Forte.
Força. Contato. Físico.
Nikku
5 de jun. de 2011
Pratos e Facas
Era alguma hora da madrugada, não consigo me lembrar com veemência. O sobretudo estava encharcado. Uma chuva torrencial chicoteava meus cabelos, que desgrenhavam-se em ondas sobre meus olhos. Encontrava-me em um estado de cansaço tão intenso que minha respiração ecoava de forma lenta e desagradável.
A rua era de calçamento antigo, nem parecia mais que eu estava naquela Cidade. Havia pequenas casas, agregadas umas às outras, com varandas floridas de rosas negras, cada qual com um poste aceso à luz de velas. O ambiente era tão amarelado que chegava a abusar a vista. O céu, carregado de nuvens, moldava formas interessantes. Cheguei a vislumbrar mãos, chamando por Alguém.
Minhas botas, compradas recentemente, pareciam envelhecidas. Talvez a iluminação ajudava, não sei. A única parte que me agradava de tudo aquilo era o frio. Sim, o frio. Envolvia a minha alma com tanta delicadeza, que o seu silêncio trepidava pelos ouvidos. O sobretudo já se aderia à pele com facilidade, era tanta água! No bolso, tão inundado quanto o lado externo, só me restavam um isqueiro de prata, papéis com memórias escritas, duas cápsulas de sono, e uma caixinha vazia de Dunhill, quase que desfeita.
Com a chuva escorrendo para todos os poros, ficava difícil andar pela avenida. Meus olhos só enxergavam figuras turvas perambulando vagarosamente, algumas com cabeças enfaixadas. Comecei a andar com lentidão, observando bem a variação de residências. Nem sabia eu o nome da avenida. Em verdade, minha mente estava uma bagunça. As memórias transcendiam o papel, mas que loucura!
Aos poucos eu percebia que uma residência se destacava entre outras. Cheguei mais perto, e apertei-me os olhos, quando visualizei um pequeno e aconchegante Café, com faixada de vidro. O estabelecimento possuía, na parte ao ar livre, mesas molhadas, e cadeiras invertidas, postas para escorrerem, em cima delas. Tentativa em vão, uma vez que a água golpeava o Café. Vultos se moviam detrás do vidro, com mesma lentidão, e eu ouvia bandejas e porcelana rufando. Conversas, risos afogados em silêncio.... Ah, os risos...
(continua)
A rua era de calçamento antigo, nem parecia mais que eu estava naquela Cidade. Havia pequenas casas, agregadas umas às outras, com varandas floridas de rosas negras, cada qual com um poste aceso à luz de velas. O ambiente era tão amarelado que chegava a abusar a vista. O céu, carregado de nuvens, moldava formas interessantes. Cheguei a vislumbrar mãos, chamando por Alguém.
Minhas botas, compradas recentemente, pareciam envelhecidas. Talvez a iluminação ajudava, não sei. A única parte que me agradava de tudo aquilo era o frio. Sim, o frio. Envolvia a minha alma com tanta delicadeza, que o seu silêncio trepidava pelos ouvidos. O sobretudo já se aderia à pele com facilidade, era tanta água! No bolso, tão inundado quanto o lado externo, só me restavam um isqueiro de prata, papéis com memórias escritas, duas cápsulas de sono, e uma caixinha vazia de Dunhill, quase que desfeita.
Com a chuva escorrendo para todos os poros, ficava difícil andar pela avenida. Meus olhos só enxergavam figuras turvas perambulando vagarosamente, algumas com cabeças enfaixadas. Comecei a andar com lentidão, observando bem a variação de residências. Nem sabia eu o nome da avenida. Em verdade, minha mente estava uma bagunça. As memórias transcendiam o papel, mas que loucura!
Aos poucos eu percebia que uma residência se destacava entre outras. Cheguei mais perto, e apertei-me os olhos, quando visualizei um pequeno e aconchegante Café, com faixada de vidro. O estabelecimento possuía, na parte ao ar livre, mesas molhadas, e cadeiras invertidas, postas para escorrerem, em cima delas. Tentativa em vão, uma vez que a água golpeava o Café. Vultos se moviam detrás do vidro, com mesma lentidão, e eu ouvia bandejas e porcelana rufando. Conversas, risos afogados em silêncio.... Ah, os risos...
(continua)
Nikku
2 de jun. de 2011
Vulcão
Mandei tudo se foder há pouco tempo...
Verei o quanto isso vai durar.
Prevejo que pouco.
A alma é fraca,
Assim como a leve carne!
Tão óssea, tão maleável.
Quem me dera não fosse!
E sim como concreto
Ou uma rocha magmática.
Um dia tão líquida e quente,
Hoje só fria e rija.
Nikku
1 de jun. de 2011
Algo no Caminho
30 de mai. de 2011
22 de mai. de 2011
13 de mai. de 2011
27 de abr. de 2011
[Des]amor
Por onde anda o meu Desamor?
Sinto pelo seu sumiço tanta dor!
Perdi todo o raciocínio e concentração
Adquirindo sentimentos em vão.
Por onde anda O Desamor?
Aprisionado em sua jaula de concreto?
Ou seria no cárcere de seu coração?
Tão privado, um tanto discreto.
Por onde anda seu Desamor?
Jogado numa esquina ou no deserto?
Seja lá qual dos dois for
É de fumaça podre encoberto.
Por onde anda Todo o Desamor?
Soltou tantas cores de alegria
Porém desbotou tudo com suas lágrimas.
Não consigo mais... é muita agonia...
Nikku
26 de abr. de 2011
Arrebate
18 de mar. de 2011
11 de mar. de 2011
Vem...
Onde você está?
Quero-te ao meu lado,
Ou Aqui,
Tanto faz,
Apenas que seja para Sempre.
A distância dói muito mais que aquelas agulhas ocas
Marchando entre células.
Quero-te ao meu lado,
Alegre, triste, agitada, quieta, sombria, entusiasmada, apagada, [vibrante.
O seu Eu infantil, o seu Eu estranho, o seu Eu engraçado, o seu Eu otimista,
O seu Eu Suicida.
Se possível... arrancá-la-ia daquela distante terra belíssima
E a traria para o mais cordial abraço.
O abraço que eu te daria
A qualquer momento.
(Isso é para você) ...
Nikku
7 de mar. de 2011
23 de fev. de 2011
14 de fev. de 2011
Causticante
-Diga algo... apenas diga.
-...
-Nem que seja um suspiro.
-Suspiros não são frases.
-Confessa... antes que meu amor estoure.
-Depois que estoura, só sobra água.
-Essa é a única (água) que não traria vida a nada.
-É como se o seu amor fosse uma bola de vidro cheia d'água.
- E o seu?
- Só tenho ácido.
- É... seu amor me corroeu.
- Espero que ele te corroa mais...
(Uma lágrima cai - da primeira)
- ... até os ossos.
- Adeus.
... A lágrima brotou uma rosa Negra.
Nikku
7 de fev. de 2011
Mechanicus
Guarda-se para o final.
Põe-se a nascer
Põe-se a crescer
Põe-se a mastigar
Põe-se a suar
Põe-se a perguntar
Põe-se a raciocinar
Põe-se a pensar
Põe-se a comer
Põe-se a chorar
Põe-se a fazer
Põe-se a desenvolver
Põe-se a trabalhar
Põe-se a repetir
Põe-se a mecanizar
Põe-se a definir
Põe-se a calcular
Põe-se a prestar
Põe-se a repetir
Põe-se a ensinar
Põe-se a parafusar
Põe-se a fundir
Põe-se a costurar
Põe-se a sintetizar
Põe-se a fabricar
Põe-se a mecanizar
Põe-se a definir
Põe-se a calcular
Põe-se a prestar
Põe-se a repetir
Põe-se a perder
Põe-se a destruir
Põe-se a quebrar
Põe-se a morrer
Põe-se a trabalhar.
Nikku
1 de fev. de 2011
Fragmentos (meus)
"O horrível é quando não se quer nada.
Só se quer acabar com... aquilo.
Que sente."
"(Você )Não me conhece.
E acho que não conheço ninguém...
Pergunto-me por que continuar?
Continuar pra quê?"
"Não tem sentido".
"Eu tento todos os dias
Expurgar...
(Ou) Mais que isso.
Preciso que algo me complete.
Eu que não basto."
"Quem vai olhar pra você?"
"Não sei.
Isso é o pior.
Pode ser uma canalização de várias coisas.
É horrível.
Horrível."
"Continuar pra quê?"
"E é o que vem acontecendo comigo há tempos.
Sabe quantas vezes pedi para chorar?
Eu quero.
Muito.
Mas não consigo.
Acho que é um descarrego, e tem que ser forte para chorar e admitir isto."
"Que é tão emocional que chega a ser física..."
"Chorar faz bem...
Não tenha medo.
Eu te invejo muito."
"Faz falta o que nunca esteve presente,
o que nunca senti."
"Não acho.
Porque você consegue.
Quando não se consegue.
É pior...
Muito pior."
"Já sentiu um...
vazio?
No meio do peito...
Mas que não é vazio...
Porque dói..."
"Você[...]"
"E a dor não sai
Ela consome tudo..."
Nikku
30 de jan. de 2011
28 de jan. de 2011
É...
Agora eu acho que posso dizer pela primeira vez com certeza.
Quão difícil é fingir estar bem?
(Chega uma hora a ser insuportável).
Desejo morte.
Nikku
20 de jan. de 2011
Tem
E o ciclo se repete.
Eles vão embora.
Sempre vão.
Levam parte
Do sentimento...
Parece até egoismo.
Ou seria meu?
Não sei mais de nada.
Noção se perdeu
O que resta é virar
Aquilo vazio
E vagar,
Entre noites e outras tantas,
até que a Terra me consoma.
Sim... o mundo sempre foi cruel.
Nikku
Como
Já pensou que nunca foi o que pediram?
Nunca teve que gritar "E daí? Foda-se"
Para aqueles que enojam...
E param de falar com você...
Porque é difícil lidar com tudo isso.
Quando se importam demais... é difícil.
Parece que desenham um buraco na alma
Com um lápis de carvão em brasa.
Arde quando toca, e até semanas após...
Depois sobrando simplesmente uma cicatriz
Que perde toda a sua forma original, e
Aquele sentimento nunca irá tocá-la mais.
Como lidar com tanto amor?
Que no final só se torna desapontamento
Decepção... desamor.
Expectativas forçadas... deturpadas...
Excedente de óbito.
Alguma hora, vai ter que cansar.
Nikku
Assinar:
Postagens (Atom)