2 de nov. de 2009

Nada


A Morte se aproxima dos indivíduos
A tão pálida e trêmula Morte, que
Alguns almejam e muitos outros temem
O esquema processado em cima da caixa
De madeira que verte abaixo da terra
É simplesmente um pelo qual a todos virá.
E logo, as hemáceas pararam o fluxo
Da cabeça aos pés; a visão entrou
Em um estado de desfocagem e apagamento;
O último pingo de suor foi excretado...
Delírios, frio, desequilíbrio, sorrisos amarelados
Desespero, angústia, agonia, dor, vertigem!
Uma vida toda, embora pelos poros
Do solo terrestre, toda transfigurada em
Insignificância, para nunca mais ser lembrada...
Nunca mais ser vivida...
Para ser convertida em nada mais
Do que algo a ser

De-com-pos-to...





(Mais vinho para a ceia
[in]desejável dos vermes, por favor).


Nikku

3 comentários:

  1. Caraca bem morbido, gosto de textos assim

    http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2009/11/enesima-potencia-do-amor.html

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  2. Jogo de palavras! Difícil apreciarem essa sua [in]desejável ceia dos vermes...

    Eu tenho um texto no mesmo estilo, se interessar:

    http://o-quasar.blogspot.com/2009/10/do-que-ele-nega.html

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  3. Adoro textos morbidos!
    Mto bom o texto

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