30 de out. de 2009

Apostento Áureo





De acordo com ela, o lugar era agradável, mesmo já tendo visto melhores.

Viam-se velas acesas em pequenos castiçais, rodeando a sala. Um tapete redondo, luxuoso e vermelho, parecia de veludo, estendia-se no chão ao centro do cômodo. Flores vermelho-carmesim eram encontradas, descansando ao lado de cada vela, dentro de um jarro esguio com um líquido colorado rosado.

Haviam adornos feitos de ouro, outros de madeira. Iam de estátuas a pequenos recipientes fechados para jóias. No fundo da sala, uma lareira cor de marfim estatelava lentamente. A temperatura lembrava uma fria noite de inverno acompanhada de um sutil calor no ar. Quadros de valores imensuráveis ficavam postos nas paredes pintadas de salmão.

No lado esquerdo, uma janela aberta se encontrava, e um corvo apodrecendo aos poucos descansando no apoio da mesma. No lado direito da sala, pedaços de carne fresca e ensanguentada, e um misterioso pó branco no chão.

Apesar de todos os adornos serem extasiantes, um em particular destacava-se entre os outros. Era uma pequena bola de vidro, que parecia ter brilho próprio. Dentro da bola, parecia haver um vazio infinito, algo negro e profundo. A moça, porém, questionou tais propriedades do objeto.

Como pode ele ser escuro, e ao mesmo tempo emitir um tipo de luz?

Nikku

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